Do ano proveito me resta espera
E de quem espera esperam os lares
E o gosto gostoso de pisar terra
E o nado bom de nadar pelos mares
Enquanto isso, o ócio impera
E brado por não fazer o que fazes
Viajar nos ângulos, cubo, esfera
E no temor que os números trazem
O relógio grita em rouco tom
Pensa que já o amanhã nasceu
Relógio, é claro, não está são
Não vi Sol algum, mas calor gemeu
Subiu poeira sem graça do chão
Assobiou o pássaro qu'ontem morreu
2 comentários:
O ócio foi embora. E não deve mais voltar. Estou aqui :)
É só entrarem as férias que surgem sonetos magnificamente metrificados sobre o puto do ócio.HAHAHAHAHAHAHAHA!Very gooda.
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