Talentosos, perfeitos, bonitos, cheirosos, charmosos e modestos:

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Soneto do ócio

Do ano proveito me resta espera
E de quem espera esperam os lares
E o gosto gostoso de pisar terra
E o nado bom de nadar pelos mares

Enquanto isso, o ócio impera
E brado por não fazer o que fazes
Viajar nos ângulos, cubo, esfera
E no temor que os números trazem

O relógio grita em rouco tom
Pensa que já o amanhã nasceu
Relógio, é claro, não está são

Não vi Sol algum, mas calor gemeu
Subiu poeira sem graça do chão
Assobiou o pássaro qu'ontem morreu

2 comentários:

Vanessa disse...

O ócio foi embora. E não deve mais voltar. Estou aqui :)

Luquez disse...

É só entrarem as férias que surgem sonetos magnificamente metrificados sobre o puto do ócio.HAHAHAHAHAHAHAHA!Very gooda.