Talentosos, perfeitos, bonitos, cheirosos, charmosos e modestos:

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Visão da Divisão.

Me acordo fora,completamente fora.O som não é de instrumento,qual violino ou harpa,somente a polifonía que me atenta e me abre as pálpebras relutantes.
Pego a porra da caixa,plugada no moderno aparelho nojento,vibrando duas circunferências metalico-espelhadas e a ponho num banho de vapor d'água enquanto me lavo do suor noturno.Ainda fora,masturbo-me,inflo meu ego sozinho,por completa covardia e orgulho sápien,pra depois enrrolar-me em uma toálha e ir vestir o nojento emblema de uma instituição escolar.
Chego,me alieno,adapto-me ao ambiente,entrego o certificado,enojo-me com os tratamentos dos imbecis que "comandam" aquilo,durmo na introdução aos Nematelmintos.
Meu ambiente urbano pós-massacre mental,percebo,possui trilha sonora variada,indo de Messer Chups ao Bezerra. NÃO ESCUTO UMA VOZ SEQUER.
Penso,ando,inalo monóxido de Carbono sem medo dos meus pulmões, e ele me olha como se nunca tivesse visto ninguém como eu.Diz que morreria por mim,mas ora orgão maldito,me poupe.
Casa,o aconchego,o poder,o querer.Monstros,Por toda parte,engulo minha comida e me fecho no quarto(ME FECHO),pois a porta entreaberta poderia me render a visão de alguma criatura que só minha mente idiota consegue conceber me piscando os olhos com uma face doce.
Acordo pós pesadelos e penso que deveria ter feito,deveria ter...deveria...ter...
Mal me dou conta de quem sou(nunca me dei conta),me encontro em Marte,numa estação espacial construída por seres humanos idiotas,com seres demoníacos.SOU UM SOLDADO.
Ahhh,a melhor parte,outra assepsia completa dessa carcaça nojo que tenho por corpo,pra depois ver pessoas refletidas num leito de plasma,mais nojentas que eu,falando coisas que ninguém precisa saber,só eles.Mas vejo,gosto, não chacoalho a imagem e me cego...só vejo.
Só Vejo...
Vejo Só...
Vejo um Só...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Química (Volume único)

Um benzeno, dois eteno
Um alcano e um alqueno
Um etino, um propeno
O aldeído metanal

Pois que mero propanal
Tem, como tem, três carbonos,
A família lá do Bromo
Veio logo protestar

'Sou que sou desinibida
Faço covalente dativa'
Disse a molécula atrevida
Louca pra se estabilizar

O Anel Aromático, como sempre, problemático,
Pediu ao grande Cátion que cuidasse do seu filho
O estimado filho, Ácido Carboxílico, apelidado Isobutírico
Pôs-se logo a chorar

Queria ficar com dona Cetona,
Mas a tal bobalhona tinha ligação pi
Instável, que só ela, Seu Haleto não dá trela:
'Quieta, velha maluca, Van der Waals tá vindo aí!'