Rimas forçadas que não resumem a força feita para forçar uma rima
- O carro enguiçou. E agora? Já não se chama quem namora, mas que mora na amora que adora me amolar. Não se cola com a cola a mola que ali se embola. Chora a mola, chora a cola, chora bola e mariola.
- O burro empacou. O que faremos? Já não sabemos nem entendemos o que para o vento dissemos. Suponhamos que dissemos que não tememos mais cossenos. Mas se bebemos e esquecemos, aí são lá outros quinhentos.
- A bolsa caiu. Caiu o quê? Não importa o quê. Ficar de psiqué é tão demodé. Vai deixar acontecer no laissez-faire laissez-passer? Fazer valer a pena o simples ato de viver cai tão bem em você quanto um prato de purê.
- O pássaro partiu. Pra onde voou? Foi pro sul, rasgou, falou que ia e não voltou. Tacou fogo no celeiro a mãe ali deixou. Para a mãe esganiçante o pobre ainda assobiou: cantou o hino da França e revolucionou.
- E o amor acabou. Acabou como? Acabou no sono redondo que envolvia o mordomo. O último dono era um gnomo, que tinha um cromossomo que o fazia rimar. O Rei Momo, sem embromo, rimou bromo com cromo.
- Drummond chorou. Que pena. A próxima cena será mais amena, e a chilena de antena não rirá como hiena. Rirá a cada quinzena com cara de quem condena, pois sua ponte de safena não mais aforismas armazena.
Um comentário:
Adorei, especialmente o "laissez passer". Você é simplesmente genial.
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