Talentosos, perfeitos, bonitos, cheirosos, charmosos e modestos:

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pasmaceira noturna.

Hoje sonhei que via,não sei descrever ao certo, sei dizer que via.
A utopia dos desejos,devaneios escorridos feito bafo embassando vidro em noite fria.
Via o vapor,garrafas vazias cheirando a levedo...Ócio.
Acordo de sopetão,levantando rápido,indo de contra os ensinamentos ortopédicos(deve-se virar o tronco primeiro e depois então o resto do corpo,para que não ocorram avarias na sua formação estrutural...)...Balela!Ouvia barulhos!
Ao vasculhar meu covil, deparo-me cá com uma imagem primária,visível até mesmo no breu a que me faço presente:
Ela era ela,branca, usava curto adereço em listras azuis e brancas,torso vermelho a balançar em seu sublime saltitar.Olhou-me com seus olhos pequeninos e castanhos...Música!Pareciam pedir-me!Dei-lhes Ciganos e violas,e vi rebolarem ínfimos os planetas de modo tão infuso, tão encantador e marvilhoso que mesmo já tendo me feito refém de damas por demais insígnes em mi vida,nunca me passou pelas retinas nada como aquela visão que veio a comparecer ao meu ilhéu imundo de desenhos amarelados e flautas.
De súbito sumiu,deixando em seu lugar bilhete em folhetim esverdeado e um cheiro por minhas narinas nunca sentido em tão simples fragrâncias
Moça,que tuas músicas tocadas a pés e mãos nunca serão pardieiros em minha mente.
E eu,a teu pescoço liso anseio,com mil pontas de dedo e palmas das mãos.

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